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sábado, 5 de janeiro de 2013

ARTIGO DE OPINIÃO: AUMENTO DO SALÁRIO DO GOVERNADOR DE SÃO PAULO



Ao analisarmos algumas notícias veiculadas pela mídia, sobretudo, se favorece aos que fazem as leis, fica claro que política e economia estão a serviço de um pequeno grupo, os donos do poder. Em síntese essa foi a conclusão que se chegou ao deparar com uma reportagem: “Geraldo Alkmin sanciona aumento do próprio salário”. Se não bastasse aumentar o seu salário, ainda deferiu aumentos ao Vice-Governador e aos Secretários de Estado de 10, 3%, soma referente à inflação do ano anterior (2012), segundo especialistas. Partindo desse pressuposto, o Governador entrará o ano novo com um salário de R$ 20.662, ou seja, aproximadamente 29 vezes a mais do que o salário mínimo, em torno de R$ 678, 00 e por volta de 11 vezes a mais do que um salário de um professor estadual iniciante, que circula em torno de R$ 1.800,00. Nada contra ao aumento, é óbvio que para um chefe do executivo de um Estado da importância de São Paulo, talvez seja justo. Contudo, algumas lacunas precisam ser preenchidas, primordialmente as relacionadas ao funcionalismo público estadual, a exemplo dos professores, militares, médicos, entre outras categorias que estão com salários achatados, que a bem da verdade, não tiveram aumento salarial de 10,3%. De acordo com especialistas os salários devem ser corrigidos conforme a inflação, e é o que foi feito com o salário do Governador, outrossim, essa inflação só corroem os salários dos políticos? Diga-se de passagem, o aumento nos salários dos professores no ano de 2012 foi de 5% em seu dividendo, isso significa que a inflação não atinge essa categoria? Quando vários Sindicatos questionaram o chefe do executivo estadual, o mesmo disse que 5% estavam relacionados à inflação. Seguindo essa linha de pensamento, existem duas inflações no Brasil, uma para os que ganham mais e outra para os que ganham menos? Considerações finais: Não sou contra aumento de salários de políticos, sou contra a falta de transparência e do reducionismo explanado no discurso, que procura calar a opinião pública tecendo considerações sobre uma inflação que não existe para favorecer certos grupos. Quando está em jogo o aumento de vencimentos de um pequeno grupo, o dos políticos, os mesmos tentam explicar o inexplicável (aumento de salário), para que o povo não tente enxergar o invisível (inflação), que é produzido pelos próprios donos do poder para deixar a população calada e alienada. Por conseguinte, ao cidadão, cabe utilizar do senso crítico, para tentar descrever o indescritível, e conter o discurso fundamentado para sucatear os salários dos que mais precisam. Acorda Brasil!!!


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