Nunca
na História da humanidade os seres humanos tiraram a vida dos semelhantes de
forma tão banal. Por outro lado, nunca na História da humanidade viu-se o
envolvimento de tantos adolescentes em crimes e sem impunidade. Certamente,
essas afirmações faz com que reflitamos sobre os crimes que ocorreram e estão
ocorrendo neste momento, e mais, por adolescentes. Portanto, quero chamar a
atenção para dois fatos bárbaros que ocorreram na semana passada, primeiro: um
jovem ao chegar em casa da Universidade, foi assassinado por um delinquente
juvenil, que estava prestes a completar 18 anos, e outro crime envolvendo mais
um adolescente, aconteceu em uma cidade paulista em um assalto, situação que,
infelizmente, não causa mais espanto na população perante a quantidade de
crimes. Entretanto, o que nos deixam perplexos é que o chefe do bando era um
menor de 16 anos, ou seja, um adolescente que deveria estar na escola ou
trabalhando. Qual o motivo que leva os adolescentes a entrar no crime
precocemente? Se esses jovens estivessem trabalhando ou estudando, teriam tempo
para praticar delitos, tirando a vida de trabalhadores e estudantes? É uma
pergunta bastante complexa, e todo cuidado com as generalizações se faz necessário,
contudo, proponho uma inquietação: Além do trabalho e dos estudos, se existisse
punição de acordo com a gravidade do crime, ou melhor, quem sabe diminuir a
maioridade penal, iríamos ouvir notícias de jovens envolvidos no crime? Segundo
alguns especialistas defensores dos Direitos Humanos (que só conseguem enxergar
os direitos dos mal feitores), a diminuição da maioridade penal não reduziria o
envolvimento dos adolescentes no crime, e mais, os mesmos afirmam com
propriedade que medida assim, é inconstitucional. No entanto, tirar a vida do
outro, além de inconstitucional não é desumano, bárbaro e incompreensível? Será
que essas pessoas que não concordam com a redução penal, depende da segurança
pública ou eles andam em carros blindados e com seguranças particulares? O que
seria inconstitucional para eles é falta de impunidade e tortura para aqueles
que perdem um ente querido assassinado por um delinquente juvenil, pois, jamais
o terá de volta. Em outras palavras, inconstitucional é o que está acontecendo
com a maioria das pessoas de bem, que com o aumento da violência estão
trancafiados em seus domicílios, contrariando o Art. 5º da Constituição, que
preza para todos os brasileiros o direito de ir e vir, desde que esteja livre.
Considerações finais: Essa é a sociedade brasileira, as pessoas de bem perdem a
vida e os maus ficam soltos para fazer a próxima vítima. “Tudo que é sólido se
desmancha no ar”, dizia o Filósofo Karl Marx. A sociedade está organizada
implorando por mudanças nas leis, ou seja, flexibilização para evitar o caos
que está coagindo o povo, a Legislação brasileira não acompanhou as mudanças
estruturais que ocorreram nas últimas décadas, e isso está causando o caos hoje.
Enfim, o Estado está imbuído de poder para defender o povo de bem ou as pessoas
erradas? Perante a realidade visível, percebe-se a Omissão do Estado. Parafraseando
o austríaco Fritjof Capra, “esse é o ponto de mutação”, e é o momento de
refletir sobre as mazelas e os crimes que os jovens estão fazendo, afinal eles
serão os adultos do amanhã, e mais, os legisladores das leis para as futuras
gerações. Acorda Brasil!
Alberto
Alves Marques
Profissão:
Professor da Rede Pública do Estado de São Paulo e Escritor de artigos de
opinião.
Especialista
em História pela Unicamp. Pós Graduação: Gestão Escolar e Fundador do GEPEPM,
(Grupo de Estudos de Políticas Educacionais na Pós Modernidade).
Contato: albertomarques1104@hotmail.com
Cidade:
Hortolândia/SP.
Nenhum comentário:
Postar um comentário