EDUCAÇÃO: A MATEMÁTICA DO DESPERDÍCIO
DE AULA
A título de
ilustração, este artigo veio em mente ao entrar em contato com uma pesquisa
internacional da Edição 2013 da TALIS, Pesquisa Internacional sobre Ensino e
Aprendizagem, de autoria da OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento
Econômico), divulgada no dia 25 de junho de 2014. De acordo com essa pesquisa,
o Brasil perde 20% do tempo de aula com a indisciplina dos alunos. Por outro
lado, perde-se 12% com atividades administrativas dentro da sala, sobretudo, no
registro das chamadas, ou seja, um total de 32% é jogado pelo ralo do
desperdício. A priori, o que chama a atenção é que essa pesquisa foi
desenvolvida com 32 países, e o Brasil ficou na posição 32 em desperdício de
tempo com atividades que poderia ser investidas na excelência acadêmica dos
estudantes, lastimavelmente ficamos em último lugar no ranking. Matematicamente
falando, dos 50 minutos hora/aula, o professor aplica somente 34% da proposta
(quando consegue trabalhar), isto é, resta ao professor somente 33 minutos de
cada aula, algo muito pouco, ainda mais com os níveis de alunos que estão
chegando às escolas com o advento da Universalização das Matrículas. A saber,
levando esses números para uma situação macro, dos 200 dias letivos, ao se levar
em consideração os 32% de desperdício, sobram somente 136 dias; nesse sentido, 64
dias ficam por conta da indisciplina e atividades administrativas. A princípio,
qual seria a solução para evitar esse desencontro entre aulas planejadas e
aulas dadas? Quando se fala em sala de aula, estratégias e intervenções, não
existem fórmulas prontas, e sim muito diálogo entre família e instituição
educativa, além de acompanhamento no aprendizado por parte dos pais, interesse
por parte dos alunos, respeito para com os professores e colegas. Acrescenta-se
a isso, investimento em todas as dimensões por parte dos Governantes, não só em
infraestrutura, mas também em formação dos docentes, caso contrário, estaremos
sempre no final da fila no quesito educação de qualidade. Considerações finais:
Se está desperdiçando aulas, não se prejudica apenas os alunos; aliás,
compromete-se o desenvolvimento e futuro do país, pois, quanto menos aulas,
menos pessoas nas Universidades, no Mercado de Trabalho exigente, em mão de
obra qualificada e, sobretudo, menos pessoas conscientes dos seus direitos e
deveres, algo que afetará negativamente na hora de escolher quem irá representá-lo
na Política. Acorda Brasil.
Alberto
Alves Marques
Profissão:
Professor da Rede Pública do Estado de São Paulo e Escritor de artigos de
opinião.
Especialista
em História pela Unicamp. Pós Graduação: Gestão Escolar e Fundador do GEPEPM,
(Grupo de Estudos de Políticas Educacionais na Pós Modernidade).
Contato:
albertomarques1104@hotmail.com
Twitter:
https://twitter.com/albertomarques3
Blog:
http://blogdoalbertoprofessoremrede.blogspot.com.br
Blog:
http://albertoviajandonahistoria.blogspot.com.br/
Facebook:
http://www.facebook.com/home.php
Cidade:
Hortolândia/SP.
Grosso
modo, após quatro anos de tramitação no Congresso Nacional o PNE – Plano Nacional
de Educação foi aprovado, agora, basta ser sancionado pela Presidenta Dilma Rousseff,
que terá até o dia 25 de julho/2014 para validá-lo ou vetar alguns itens, por
exemplo, os 10% do PIB – Produto Interno Bruto para a educação. Todavia, se
aprovado o PNE terá validade de dez anos, ou seja, entrará no lugar do anterior
cuja vigência foi até o ano de 2010, em outras palavras, o que já deveria ter
sido aprovado ficou encalhado no Congresso Nacional e sua aprovação foi agora
em 2014, com vigência até 2020. Dentre as 20 metas explanadas no PNE, temos a
priori, a universalização das matrículas na Educação Básica, investimento na
formação dos docentes, Plano de carreira dos professores, Universalização da Educação
Especial, além do aumento dos investimentos como já foi citado acima. É de suma
importância que as letras desse documento sejam transpostas para a prática,
outrossim, não ficar somente na teoria, como vigorou o PNE 2001/2010. Quando se
fala em teoria transformada em prática é de suma importância lembrar as sábias
palavras do renomado mestre Paulo Freire, que dizia que toda teoria deve passar
pela reflexão crítica, sendo assim “A reflexão crítica sobre a prática se torna
uma exigência da relação Teoria/Prática sem a qual a teoria pode ir virando blábláblá
e a prática ativismo”. Seguindo a linha de raciocínio de Paulo Freire, se
espera que o PNE/2014 possa sair das páginas desse documento que demorou quatro
anos, para a realidade da educação pública brasileira, e que não seja mais um blábláblá
e ativismo de políticos em ano de eleições nacionais. Considerações finais:
Diga-se de passagem, o Plano Nacional de Educação tem uma vigência de dez anos,
e o mesmo deveria iniciar em 2010 terminando em 2020, porém, ficou estagnado
quatro ano, um desleixo para com a educação; assim sendo, sancionado pela
Presidenta da República o mesmo terá uma duração de apenas seis anos, 2014/2020.
Por que será que no Brasil quando o assunto é Educação formal, sobretudo, a Pública
os nossos representantes políticos procuram protelar o máximo possível? É
lastimável, pois em nosso país alguns políticos concebem a educação pública
como gasto e não como investimento. Naturalmente, quando investem em educação
formal, não há necessidade de importar tecnologia, construir presídios,
contratar médicos, entre outras ações extremamente relevantes para o
desenvolvimento político, social, econômico e cultural do país. Com certeza
tudo isso já teria sido resolvido se há alguns anos já tivéssemos aprovado um
Plano Nacional de Educação que realmente saia da teoria para a prática. Acorda
Brasil!!!
Alberto
Alves Marques
Profissão:
Professor da Rede Pública do Estado de São Paulo e Escritor de artigos de
opinião.
Especialista
em História pela Unicamp. Pós Graduação: Gestão Escolar e Fundador do GEPEPM,
(Grupo de Estudos de Políticas Educacionais na Pós Modernidade).
Contato:
albertomarques1104@hotmail.com
Twitter:
https://twitter.com/albertomarques3
Blog:
http://blogdoalbertoprofessoremrede.blogspot.com.br
Blog:
http://albertoviajandonahistoria.blogspot.com.br/
O Departamento de
Perícia Médicas do Estado de São, resolveu prorrogar as perícias médica para os
28, 8 mil novos professores da rede. Agora os professores que foram convocados
pelo Diário Oficial de São Paulo, terão até o dia 23 de junho de 2014 para fazer a perícia. Acesse AQUI todas as informações sobre a matéria.
Fonte da matéria: Secretaria da Educação de São Paulo. data 15 de junho de 2014.
ESCOLA DE ENSINO INTEGRAL: EDUCAÇÃO DE CORPO INTEIRO
Grosso
modo, a educação faz parte da história da humanidade desde o momento em que a
espécie surgiu no globo, em outras palavras, o ato de ensinar e transferir
conhecimento ao seu semelhante acompanham os seres humanos há milênios, e como afirmava
o grego Aristóteles (384 a. C – 322 a. C) “O Homem é um animal social”.
Partindo desse pressuposto, para viver em sociedade nós precisamos do outro
para nos comunicar e construirmos a nossa História. Diante dessa situação,
surgiu a ideia de uma educação que abrangesse não só o desenvolvimento
cognitivo das pessoas, e, sim uma educação integral que além das Ciências
Acadêmicas trabalhasse também o espirito, a alma e a mente em todas as
dimensões, afinal, já dizia o provérbio latino: "Mens Sana in Corpore
Sano", pois se a mente está em equilíbrio o corpo também estará, assim,
uma educação integradora que trabalhe todas as dimensões dos alunos. Fazendo
uma analogia com as Escolas de Ensino Integral, sobretudo, no Estado de São
Paulo, concebe-se que a metodologia dessa Instituição, caminha para uma
Pedagogia grega, traduzindo para o nosso idioma significa “Condutor de
crianças”, a saber, conduzi-los para uma vida integrada, regrada de valores,
respeito e, sobretudo, que os mesmos possam fazer escolhas diante de um mundo
que proporciona essa ação para poucos. Todavia, a sociedade contemporânea
passou por transformações estruturais, fazendo com que as famílias também
sofressem essa carga de mudanças, levando os responsáveis permanecerem à deriva
na criação dos seus filhos, transferindo essa responsabilidade para a escola.
Contudo, a escola tal como estava estruturada não elencava em seu Currículo
metodologia alinhada a esse público, excluindo boa parte deles. Foi pensando nessa
implicação que surgiu as escolas de Ensino Integral, disponibilizando uma
metodologia diferenciada, tais como Projeto
de Vida: quando o aluno começa a arquitetar os seus planos para o futuro,
além de estar preparado para fazer escolhas durante a sua permanência na escola
e fora dela. Diga-se de passagem, outro carro forte é o Protagonismo Juvenil: excelente ferramenta para construir jovens Autônomos,
Solidários e Competentes, assim, os aprendizes deixarão de ser o problema para
ser a solução. Paralelamente, fundamentando e complementando as ações
anteriores tem a Tutoria, integrando
uma educação de corpo inteiro na construção do afeto, da socialização e
construção de valores, algo denominado de Pedagogia
da Presença. A priori, talvez esse modelo de educação não consiga mudar o
mundo diante da complexidade política, econômica e social, porém, com certeza
fará a diferença na vida dessas crianças, tornando-os Protagonistas dos seus
sonhos, construindo um aprendizado para vida toda, replicando nas famílias e na
sociedade da qual os mesmos fazem parte. Considerações finais: Para alguns,
esse modelo de escola poderá passar a sensação de tirar a responsabilidade das
famílias, visto que trabalha todas as dimensões dos estudantes. Ledo engano,
pois o Currículo dessas escolas são elementos em potenciais para diminuir as
distâncias entre escola e família, na verdade, trabalha a Corresponsabilidade,
ou seja, o diálogo entre unidade educativa e responsável pelas crianças, algo
essencial na educação de corpo inteiro na atualidade. Em outras palavras, esse
modelo de escola contempla o que os gregos, há milênios, já faziam e diziam, a
educação só tem sentido se atender todas as dimensões dos sujeitos, caso
contrário, a mesma será uma reprodutora de fórmulas prontas contribuindo para o
regresso cognitivo dos seres humanos.
Alberto
Alves Marques
Profissão:
Professor da Rede Pública do Estado de São Paulo e Escritor de artigos de
opinião.
Especialista
em História pela Unicamp. Pós Graduação: Gestão Escolar e Fundador do GEPEPM,
(Grupo de Estudos de Políticas Educacionais na Pós Modernidade).
Contato:
albertomarques1104@hotmail.com
Twitter:
https://twitter.com/albertomarques3
Blog:
http://blogdoalbertoprofessoremrede.blogspot.com.br
Blog:
http://albertoviajandonahistoria.blogspot.com.br/
Facebook:
http://www.facebook.com/home.php
Cidade:
Hortolândia/SP.
Abertas inscrições para prova que define aumento salarial de professores da rede.
Acesse o Edital aqui.
Fonte: Secretaria da educação. Disponível em:<http://www.educacao.sp.gov.br/noticias/comecam-hoje-2-inscricoes-para-prova-que-garante-promocao-salarial-aos-professores>. Acesso em 07/06/2014.
Apostilas Prova Mérito 2014
Contato: albertomarques1104@hotmail.com
A REALIDADE DE ALGUMAS ESCOLAS BRASILEIRAS
O
propósito deste artigo não é trabalhar com generalizações e o senso comum, pois
seria muita ingenuidade deste escritor, ou seja, o que é realidade para uns não
é para outros. Assim, após conceber uma matéria sobre as escolas do Estado do
Amazonas, em que os melhores índices de aprendizagem se encontram nas escolas
que não têm rede de esgoto, água encanada e tratada, algumas inquietações nos
incomodam muito, a saber: Quais os elementos necessários para o desenvolvimento
de uma educação formal de qualidade? Os nossos governantes não conseguem
enxergar que em nosso país existem 31% de escolas sem tratamento de esgoto,
água tratada, infraestrutura como bibliotecas, salas de aulas, entre outros
elementos necessários para a promoção da aprendizagem? Será que o nosso país
não tem verba para investir nessas escolas, ou priorizam e desviam para outros
setores? Existe dinheiro público sendo investido na construção de Estádios para
a Copa do Mundo? Todas essas inquietações foram construídas através do Senso
Comum, porém, as evidências podem ser transformadas em Senso Crítico e Conhecimento
Científico. A priori, o foco aqui é como escolas sem infraestrutura digna, conseguem
boas notas nas avaliações externas. Em outras palavras, qual o segredo dessa
unidade educativa para o desenvolvimento cognitivo dessas crianças e
adolescentes? Segundo a equipe dessa instituição educativa as ações são
calcadas em parcerias com as famílias, além do interesse dos alunos diante das
dificuldades encontradas, consequentemente, a única forma de sair dessa vida indigna
(sofrimento e pobreza) é através da educação. A priori, comprova em parte um
pensamento do conhecimento popular, de que as coisas fáceis para as crianças
não são valorizadas, em contrapartida, se o indivíduo tem que matar dois ou
três leões por dia para a sua sobrevivência, os mesmos poderão ter mais
interesses. Considerações finais: Enfim, é possível perceber através das estratégias
dessa escola que, enquanto a ajuda que deveria ser do poder público não chega,
estão fazendo todos os esforços para promover uma educação de qualidade para as
suas crianças. Todavia, não deveria ser assim, pois, investimento em educação
em nosso país é também responsabilidade do Estado, pelo menos é o que dispõe a
Constituição/88 no Art. 205 – “A educação, direito de todos e dever do Estado e
da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade,
visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da
cidadania e sua qualificação para o trabalho”. Pode-se acreditar capital para
isso tem, o que falta mesmo é vontade.
Alberto
Alves Marques
Profissão:
Professor da Rede Pública do Estado de São Paulo e Escritor de artigos de
opinião.
Especialista
em História pela Unicamp. Pós Graduação: Gestão Escolar e Fundador do GEPEPM,
(Grupo de Estudos de Políticas Educacionais na Pós Modernidade).
Contato:
albertomarques1104@hotmail.com
Twitter:
https://twitter.com/albertomarques3
Blog:
http://blogdoalbertoprofessoremrede.blogspot.com.br
Blog:
http://albertoviajandonahistoria.blogspot.com.br/
Facebook:
http://www.facebook.com/home.php
Cidade:
Hortolândia/SP.
Veja a lista dos 20 mil convocados da primeira chamada do concurso de professores do Estado de São Paulo. Acesse aqui.Fonte: Secretaria da Educação de São Paulo. Site: http://www.educacao.sp.gov.br/noticias/confira-a-lista-de-convocados-do-concurso-de-professores-da-educacao.Acesso em 22 de janeiro de 2014.
Acesse aqui a quantidade de vagas de professores por Diretoria de Ensino: Vagas por Diretoria de Ensino.
ATRIBUIÇÃO DE AULA EM SÃO PAULO 2014
Neste espaço você professor poderá debater temas relacionados com a educação em geral, bibliografias que irão cair em concursos públicos para professores entre outros.
Que tal começar por um pensador que aborda a Indisciplina na Escola: Julio Groppa Aquino:
Livro: AQUINO, Júlio Groppa (Org.). Indisciplina na escola: alternativas teóricas e práticas. 8. ed., São Paulo:
Summus, 1996.
De acordo com Aquino qual a origem da indisciplina no contexto escolar?
Segundo esse autor não existem uma única causa geradora da indisciplina nas instituições educativas, e sim uma gama de fatores a começar por:
- impor o seu modo de pensar e agir sobre as demais pessoas;
- contrapor as regras e normas estabelecidas por alguém ou algumas instituições, nesse caso a escola e as normas para almejar um ambiente saudável;
Quais as implicações da indisciplina escolar, segundo as considerações dos professores?
- atrapalha no aprendizado e constitui grande queixas dos docentes;
- a indisciplina no ambiente escolar não está relacionado a cultura, a divisões de classes econômicas, ou seja, não escolhe idade, condições socioeconômicas;
- é uma das causas dos desgastes dos profissionais da educação (professores);
- está relacionado com o excesso de autoridade ou a ausência da mesma;
- não tem relação direta com as instituições públicas, mas também as escolas privadas;
- como agir perante a indisciplina na escola, buscar um contrato pedagógico, punir, agir, advertir, etc;
Segundo Aquino, a indisciplina nas unidades educativas devem ser problematizadas e observadas do ponto de vista histórico, psicológico e a relação professor/aluno.
A indisciplina como fator histórico:
Segundo esse autor, a indisciplina está articulada com a resistência ao autoritarismo, para fundamentar a sua linha de pensamento o autor busca algumas recomendações disciplinares e normas aos alunos de uma escola no ano de 1922:
[...] A disciplina é fator essencial do aproveitamento dos alumnos e indispensável ao homem civilisado. [...] Os alumnos devem apresentar minutos antes das 10 horas, observando-se em ordem no corredor da entrada, para dahi descerem ao pateo onde entoarão o cantico. [...] Em classe a disciplina deverá ser severa: - os alumnos manterão entre si silêncio absoluto; não poderá estar de pé mais de um alumno; não deverão ser atirados no chão papeis ou quaesquer cousas que prejudiquem o asseio da sala; [...] serão retirados do recreio ou sofrerão a pena necessária os alumnos que gritarem, fizerem correrias, danificarem as plantas ou prejudicarem o asseio do páteo com papeis, cascas de fructas, etc. (Fonte: http://www.historiaemperspectiva.com).
Essa disciplina está articulada ao autoritarismo tanto da escola como dos professores, segundo Aquino os tempos são outros, e não tem mais sentido de uma escola autoritária em uma sociedade que se diz democrática, em outras palavras, a indisciplina são resistências a essa forma de autoritarismo.
A indisciplina como fator psicológico:
A ideia de indisciplina do ponto de vista psicológico está relacionada a carência psíquica dos estudantes, ou seja, o não reconhecimento da autoridade externa do professor. Segundo o autor, esse vazio psíquico, gera a falta das regras comuns, das responsabilidades, cooperação, reciprocidade, solidariedade, entre outros. Assim, essa rebeldia tende a proliferar, gerando agressividade, rebeldia, apatia, indiferença, desrespeito e a falta de limites, situações desagregadoras, que são sintomas do esfacelamento da estrutura familiar.
A indisciplina como fator do relacionamento entre professor aluno:
A indisciplina como fator histórico:
Segundo esse autor, a indisciplina está articulada com a resistência ao autoritarismo, para fundamentar a sua linha de pensamento o autor busca algumas recomendações disciplinares e normas aos alunos de uma escola no ano de 1922:
[...] A disciplina é fator essencial do aproveitamento dos alumnos e indispensável ao homem civilisado. [...] Os alumnos devem apresentar minutos antes das 10 horas, observando-se em ordem no corredor da entrada, para dahi descerem ao pateo onde entoarão o cantico. [...] Em classe a disciplina deverá ser severa: - os alumnos manterão entre si silêncio absoluto; não poderá estar de pé mais de um alumno; não deverão ser atirados no chão papeis ou quaesquer cousas que prejudiquem o asseio da sala; [...] serão retirados do recreio ou sofrerão a pena necessária os alumnos que gritarem, fizerem correrias, danificarem as plantas ou prejudicarem o asseio do páteo com papeis, cascas de fructas, etc. (Fonte: http://www.historiaemperspectiva.com).
Essa disciplina está articulada ao autoritarismo tanto da escola como dos professores, segundo Aquino os tempos são outros, e não tem mais sentido de uma escola autoritária em uma sociedade que se diz democrática, em outras palavras, a indisciplina são resistências a essa forma de autoritarismo.
A indisciplina como fator psicológico:
A ideia de indisciplina do ponto de vista psicológico está relacionada a carência psíquica dos estudantes, ou seja, o não reconhecimento da autoridade externa do professor. Segundo o autor, esse vazio psíquico, gera a falta das regras comuns, das responsabilidades, cooperação, reciprocidade, solidariedade, entre outros. Assim, essa rebeldia tende a proliferar, gerando agressividade, rebeldia, apatia, indiferença, desrespeito e a falta de limites, situações desagregadoras, que são sintomas do esfacelamento da estrutura familiar.
A indisciplina como fator do relacionamento entre professor aluno:
Em breve todo conteúdo
- Buscar metodologias que dialogam com as crianças que são seres em formação;
-
Dentre tantas discussões na sociedade contemporânea, o ECA (Estatuto da Criança e dos Adolescente) necessita de um aprofundamento, sobretudo, quando está relacionado com o contexto escolar. O ECA, ao invés de educar, punir, orientar e dar assistência as crianças e os adolescentes, protegem esses jovens, evitando a construção de limites pela família e pela a escola? Antes de tecer algumas considerações sobre essa temática que tal fazermos uma leitura do Estatuto da Criança e do Adolescente?
Declaração
dos Direitos da Criança e do Adolescente. LEI Nº 8.069, DE 13 DE JULHO DE 1990.
1.
Todas as crianças são iguais e têm os mesmo direitos, não importa sua cor,
raça, sexo, religião, origem social ou nacionalidade.
2.
Todas as crianças deve ser protegida pela família, pela sociedade e pelo
Estado, para que possa se desenvolver física e intelectualmente.
3.
Todas as crianças têm direito a um nome e a uma nacionalidade.
4.
Todas as crianças têm direito a alimentação e ao atendimento médico, antes e
depois do seu nascimento. Esse direito também se aplica à sua mãe.
5.
As crianças portadoras de dificuldades especiais, físicas ou mentais, têm o
direito a educação e cuidados especiais.
6.
Todas as crianças têm direito ao amor e à compreensão dos pais e da sociedade.
7.
Todas as crianças têm direito à educação gratuita e ao lazer.
8.
Todas as crianças têm direito de ser socorrida em primeiro lugar em caso de
acidentes ou catástrofes.
9.
Todas as crianças devem ser protegidas contra o abandono e a exploração no
trabalho.
10.
Todas as crianças têm o direito de crescer em ambiente de solidariedade,
compreensão, amizade e justiça entre os povos.
Continue
a leitura sobre o ECA no site a baixo: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htm