SARESP
2013 UM RESULTADO NADA SATISFATÓRIO.
Grosso
modo, o SARESP é uma avaliação externa aplicada pela Secretaria da Educação de
São Paulo desde 1996. A princípio, o seu propósito era gerar indicadores para
fomentar políticas públicas em prol de uma escola pública estadual de
qualidade; mas, ao longo dos anos, aquilo que era uma estratégia para sanar as
defasagens dos alunos... se perdeu no tempo. A propósito, o discurso de este
escritor e formador de opinião está fundamentado no resultado do SARESP de
2013, pois desde 2008 não havia um índice tão ruim, salvo algumas Escolas de
Ensino Integral. A saber, a linha filosófica desse exame externo é construir
indicadores para que o Estado possa sanar as defasagens dos alunos, investindo
infraestrutura e formação continuada dos profissionais da educação, entretanto,
já se passaram quase duas décadas e nada de uma educação de qualidade no Estado
de São Paulo. Diga-se de passagem, o que está errado com o SARESP? Por que não
estamos coletando bons resultados na educação pública no Estado de São Paulo, aliás,
o mais rico da Federação? A priori, não existem fórmulas prontas e sim algumas
hipóteses que devem ser levadas em considerações ao almejar uma educação
pública de qualidade. Em outras palavras, é um conjunto de fatores que deveriam
ser levados a sério por todos aqueles que prezam por uma educação de qualidade,
na verdade, coletar-se-ão resultados positivos, no momento em que a educação
formal do Estado de São Paulo implantar um Currículo fundamentado em quatros
pilares de extrema importância: Políticas Públicas, Escolas, Famílias e Alunos.
A título de ilustração, teremos uma escola que atenda a todos com qualidade,
quando os Governantes elaborarem Políticas Públicas educacionais que invistam
em capital Humano (valorização dos profissionais) e material (escolas adequadas
à sociedade do século XXI). Certamente, uma Escola preparada para a diversidade
e com profissionais em formação constante alcançará bons resultados nas
avaliações externas e internas. Uma boa Instituição Educativa em todas as
dimensões deve contar com alunos que queiram aprender, para tanto, o interesse
é de suma importância no seu aprendizado, ultimamente, algo raro. Para
terminar, o quarto pilar é a parceria entre a escola e a Família, instituição relevante
na formação e acompanhamento dos estudantes, não basta matricular, há de se
acompanhar, educar, e, sobretudo, cobrar dos seus filhos. Considerações finais:
A bem da verdade, se em 1997 um ano após a primeira edição do SARESP, todos os
envolvidos com a educação formal utilizassem os indicadores dessa avaliação,
não estaríamos agora lamentando as condições da educação pública no Estado de
São Paulo, outrossim, sempre estamos produzindo indicadores, porém, estamos
jogando-os na lata do lixo. Concordamos que a educação é um processo lento e
gradual, no entanto, é preciso que alguém comece as transformações.
Alberto
Alves Marques
Profissão:
Professor da Rede Pública do Estado de São Paulo e Escritor de artigos de
opinião.
Especialista
em História pela Unicamp. Pós Graduação: Gestão Escolar e Fundador do GEPEPM,
(Grupo de Estudos de Políticas Educacionais na Pós Modernidade).
Contato:
albertomarques1104@hotmail.com
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Cidade:
Hortolândia/SP.
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