Grosso modo, no ano de 1992 a
ONU-Organização das Nações Unidas definiu o dia 22 de março como “Dia Mundial
da água”, uma ação articulada com o contexto da época, quando os seres humanos
internalizavam a afirmação, consumo logo existo. Durante as décadas subsequentes,
em que boa parte dos seres humanos, considerada racional cientificamente, porém
socialmente continuava irracional, deixou de acreditar na escassez desse
líquido precioso. O resultado não demorou muito para aparecer, e estamos
coletando hoje, a escassez. A priori, nunca estivemos perto do colapso hídrico,
como este que está ocorrendo nas últimas décadas. Todavia, para alguns um
discurso apocalíptico, para outros, alarde desnecessário, visto a abundância de
água doce no Planeta, ou seja, de acordo com estudos e versões a distribuição se
encontra nas seguintes proporções: 79% nas calotas polares, 1% na superfície e
20% no subsolo. Naturalmente, esses números transmitem certo otimismo para a
população do planeta, no entanto, as ações antrópicas, juntamente com mudanças
naturais, estão colocando esse líquido insubstituível e de suma importância para
a manutenção da vida, em estado caótico para o uso. Além do mais, o
desequilíbrio entre desenvolvimento econômico e sustentabilidade, provocou
mudanças climáticas que afetaram o ciclo da água, trazendo escassez de chuvas, prejuízo
humano e posteriormente econômico. Diante dessa problemática, é de fundamental
importância ações urgentes para evitar o caos maior, sobretudo, nos grandes
centros urbanos. O grande desafio é: Como conscientizar pessoas em um mundo
utilitarista, consumista, egoísta e ausente de políticas públicas eficazes?
Complicado, não? Contudo, é preciso desconstruir três discursos infundados
sobre a preservação desse líquido mais precioso do planeta, o governamental, o
imediatista e o futurista. Diga-se de passagem, o primeiro está relacionado com
os políticos e os Governantes, tentando sensibilizar a população para que os
mesmos façam a sua parte. A saber, no tocante aos políticos e aos governantes, as
ações ficam engavetadas, ou seja, saindo do casulo somente próximo às eleições,
isto é, em suas campanhas salvacionistas. O segundo discurso, está articulado com o imediatismo,
com as pessoas egocêntricas, que só pensam no momento e em si mesmas, pouco se
sensibilizando com o restante da população do planeta, muito menos para os
recursos naturais, no caso, a água. A seguir, têm os futuristas que explanam
que é preciso cuidar da água para as gerações futuras, diante desse discurso, muitos
esperam o futuro, para depois cuidar, aí já é tarde. Considerações finais: A
bem da verdade, concebe-se uma infinidade de discursos e poucas estratégias de
todos os responsáveis pela manutenção da água potável. Por quê? Porque se vive em uma sociedade Contemporânea
imediatista, consumista e desgovernada (falta de políticas públicas), o que
importa é o aqui e o agora, pois o tempo de permanência do indivíduo no planeta
é pequeno, sendo assim, jamais existirá credibilidade em expressão como:
“Preservar a água para as futuras gerações ou sem água não haverá vida”. Por
outro lado, a expressão futurista faz com que muitas pessoas acreditam que esse
líquido é infindável, assim posso usar e abusar no presente que sobrará para as
gerações futuras. Naturalmente, é preciso mudar os discursos governamentais,
imediatistas e futuristas, na verdade, é salutar atitudes de todos, principalmente,
daqueles em que o povo deposita confiança, os governantes. Reflexão: A preservação
da água começa com pequenas ações no presente, que automaticamente refletirão
nas gerações do presente e do amanhã. Porquanto, não vamos esperar o amanhã,
quem quer, faz agora, não espera acontecer, ressaltava-se o Físico inglês Isaac
Newton: “Toda ação gera uma reação”, aí está a reação da natureza e ela é
visível. Acorda Brasil!!!
Alberto
Alves Marques
Profissão:
Professor da Rede Pública do Estado de São Paulo e Escritor de artigos de
opinião.
Especialista
em História pela Unicamp. Pós Graduação: Gestão Escolar e Fundador do GEPEPM,
(Grupo de Estudos de Políticas Educacionais na Pós Modernidade).
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