As
tecnologias substituirão os seres humanos como discorridos nos filmes de ficção
científicas? Ou melhor, as Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação, as
chamadas TDIC, substituirão os professores nas salas de aula? Segundo a
palestrante Leila Navarro, a qual eu tive o prazer de conhecê-la: “Mais
importante que respostas, são as perguntas que nos permitimos fazer”; em outras
palavras, as perguntas, posteriormente, advindas das respostas. Mas vamos lá,
as tecnologias em todas as suas dimensões ocuparão o lugar dos seres humanos? A
bem da verdade, em todo questionamento é preciso relativizar, como dizia Rene
Descarte em seu Discurso do Método, é necessário questionar, indagar e, a
priori, duvidar das verdades absolutas. Partindo dessa linha de raciocínio, as
tecnologias poderão substituir os seres humanos dependendo de qual ponto de
vista, como discorria o poeta português Fernando Pessoa: “Tudo em nós é o ponto
onde estamos”, dessa forma, trazendo para o contexto do Mundo Hodierno e,
sobretudo, para a sala de aula, é preciso relativizar. Fisicamente falando, as
tecnologias em suas diversas modalidade não substituirão os professores, porém,
quando está em questão a sua didática pedagógica, é outra história, pois
dependendo, é óbvio do interesse do seu público e outros elementos de suma
importância no processo de ensino aprendizagem, a probabilidade dos estudantes
prestarem atenção e demonstrar interesse em uma aula com o uso das tecnologias
digitais é bem maior do que as aulas analógicas, em que se utilizava giz e
lousa. Outrossim, segundo o Freire (1996) o professor depositava uma avalanche de
conteúdos programáticos nos alunos sem elencar significado aos mesmos.
Portanto, uma aula com as melhores e mais avançadas tecnologias do mundo podem
não surtir efeitos e se transformar em uma proposta de aula monótona e
tradicional, parafraseando o Historiador da América da Unicamp, Leandro Karnal:
É possível dar uma boa aula com um jornal do dia anterior, e por outro lado,
possibilitar uma aula monótona e entediante com os melhores recursos
tecnológicos do mundo. Dessa forma, onde está a problemática em questão? Na
criatividade. Considerações Finais:
À luz da reflexão, as Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação, estão
em todos os lugares, real ou virtual. Assim, não tem mais como fugir dessas
ferramentas, principalmente quando as mesmas estão batendo a nossa porta com os
dizeres: ou você me decifra ou eu te devoro? Dessa forma, o que está em jogo na
educação formal e, perante, ao nosso público, é manusear todo esse aparato a nosso
favor. Como? Utilizando a criatividade e as tecnologias. É óbvio, as
tecnologias sozinhas não resolverão o problema da educação, porquanto, sem elas
ao nosso lado e concebendo-as como concorrentes, ficará mais difícil. A solução
é uma articulação entre a didática pedagógica do professor e as tecnologias em
suas diversas modalidades, com essa ação evitar-se-á que morramos profissionalmente.
Qual a receita? Felizmente, para o bem da produção do conhecimento, não tem,
cada um construirá a sua forma de trabalho, com flexibilidade e criatividade.
As tecnologias não substituirão as pessoas, mas, com certeza muitos serão
substituídos por aqueles que estão um passo à frente na tecnologia. Já pensaram
sobre isso? Dá medo, não? Então, o que estão esperando, é momento de não ser
devorado por essa maravilha do século XXI e dos próximos milênios.
Alberto
Alves Marques
Profissão:
Professor Coordenador da Área de Ciências Humanas na Rede Pública do Estado de
São Paulo e Escritor de artigos de opinião para jornais e Blogs.
Pós-Graduado
em História pela Unicamp- Campinas. Pós-Graduado em Educação Inclusiva pela
UNESP- Bauru/SP e Pedagogo pela UNICID/SP. Curso de Coordenação Pedagógica (em
andamento) na UFSCAR- Universidade Federal de São Carlos.
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Cidade: Hortolândia/SP.
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