Diga-se
de passagem, a qualidade do Ensino Superior de um país é um dos indicadores
para o desenvolvimento de uma nação em todas as dimensões. À luz da reflexão, é
a qualidade dos cursos superiores um termômetro na inserção de mão de obra
qualificada, outrossim, oferecendo subsídios para o desenvolvimento
socioeconômico. Grosso modo, o motivo que levou este escritor de artigos de
opinião a discorrer sobre essa temática, está articulada com uma notícia
midiática ao explanar que alguns Cursos Superiores no Brasil ficam a desejar no
quesito qualidade. De acordo com o ENADE/2014, (Exame Nacional de Estudantes), 756
cursos tiveram notas abaixo do esperado. Partindo desse pressuposto, esses
profissionais adentrarão no mercado de trabalho com uma mão de obra
comprometedora, lesando a priori, os cidadãos que procuram um serviço de
qualidade. É fato, ocorreu um aumento de ingresso de estudantes nos cursos superiores,
aumento esse articulado com os programas de Bolsas de Estudos dos Governos,
citando alguns, PROUNI; FIES; SISU, cujo objetivo é corrigir a injustiça
social. No entanto, é preciso atentar e refletir, todos inclusos no Ensino
Superior não significa, necessariamente, aumento na qualidade, eis os pontos de
atenção que os nossos administradores precisam focar, quantidade em sinergia
com qualidade. Para ser mais claro, a
entrada desse estudante, seja através de Bolsa ou não, deve ser monitorada,
assim, observará se realmente os Programas de incentivo aos cursos superiores
estão trazendo resultados positivos. Na atual conjectura, adentrar em uma
Universidade não é mais o grande desafio, e sim acompanhar a trajetória
estudantil na instituição para se sair com um curso de qualidade. O outro ponto
de atenção, entre tantos, a qualidade dos cursos superiores está articulada
também com a qualidade da educação Básica em nosso país, sobretudo o Ensino
Médio, pois a clientela que está terminando essa modalidade possui os
pré-requisitos para o prosseguimento dos estudos? Considerações finais:
Destarte, o objetivo deste artigo não é procurar os culpados pela
desqualificação da educação em todos os níveis (até porque existem muitos e o
espaço seria insuficiente para descrevê-los), mas sim levar a população a
refletir e, principalmente, os nossos governantes: a Universalização é o ponto
de partida na Educação Superior, porém carece de um sistema de ensino alinhado
desde a Educação Infantil até as modalidades superiores, caso contrário, sempre
estaremos coletando fracassos educacionais. A propósito, sabe quem perde com
tudo isso? Todos, pois fracasso escolar é o mesmo que investimento errado, e
investimentos na esfera pública vem dos impostos, a bem da verdade, saem dos nossos
bolsos. Enfim, estão usurpando duas vezes os nossos direitos, primeiro de jogar
pelo ralo a arrecadação dos impostos e depois, nos privar de uma educação
pública de qualidade, conforme discorre a Legislação. O incrível é que as
pessoas que estão aí e são responsáveis pelo fracasso na educação em nosso
país, subiram ao poder com a ajuda de muita gente. Acorda Brasil!!!
Alberto
Alves Marques
Profissão:
Professor Coordenador da Área de Ciências Humanas na Rede Pública do Estado de
São Paulo e Escritor de artigos de opinião para jornais e Blogs.
Pós-Graduado
em História pela Unicamp- Campinas. Pós-Graduado em Educação Inclusiva pela
UNESP- Bauru/SP e Pedagogo pela UNICID/SP. Curso de Coordenação Pedagógica (em
andamento) na UFSCAR- Universidade Federal de São Carlos.
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Cidade: Hortolândia/SP.
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