A
priori, não se conhece ao certo a gênese da palavra “caráter”, porém sabe-se
que a mesma segue o seu tempo e o espaço, ou seja, cada sociedade designou um
conceito. No entanto, o seu significado é unanimemente, pois ao afirmamos que
uma pessoa é mau-caráter estamos classificando-a como desqualificada, desonesta
não tendo princípio moral, ação de extrema relevância para a convivência
humana, sobretudo, se vivemos em grupos de trabalho ou familiar. A palavra tem
um significado tão importante na relação humana que o Filósofo Heráclito
afirmou com propriedade: “O caráter do homem é seu destino”. À luz da reflexão,
é o caráter da pessoa o elemento norteador para aceitá-lo em sociedade,
outrossim, a ausência dessa ação fará com que acabe sozinho, isolado e
desacreditado por muitos. Mas afinal, de onde vem o caráter das pessoas? Devido
à complexidade da indagação, ressalto ilustres pensadores para a construção do
conhecimento Ocidental, Rene Descarte (1596-1650), John Locke (1632-1704) e
Emanuel Kant (1724-1804), o primeiro estudioso francês, o segundo inglês e o
último prussiano (parte atual da Alemanha). Levando em consideração o
pensamento de Descarte que defende o Racionalismo ao discorrer que todo
conhecimento provém da Razão, ou seja, do pensamento, as pessoas nascem com
caráter. Por outro lado, o inglês Locke defensor do Empirismo, expressa que a
produção do conhecimento é obtida da experiência, assim, segundo a linha de
raciocínio dele, o caráter é uma categoria adquirida na interação com a
sociedade. A terceira via que são os Estudos de Kant, procura articular o
pensamento de Descarte com os de Locke, ou seja, o caráter do indivíduo é uma
articulação entre o pensamento (Razão) e o meio na qual a pessoa vive
(experiência). Consoante a uma fundamentação teórica dos estudiosos sobre
assunto, podemos tirar as nossas considerações. É fato que uma pessoa é
suscetível geneticamente a desenvolver o mau caráter ou o bom caráter, visto
que está na sua gênese, porém, o meio e a criação têm o poder de conduzir as
pessoas para a dignidade moral, algo imprescindível para ser aceito na vida em
sociedade; e essa interação é primordial, e sempre leva em consideração: “ Não
faça aos outros aquilo que não queres para ti”. Considerações finais: Na
verdade, a origem do elemento determinante sobre o caráter, talvez não seja um fator
preponderante, mas uma coisa é certa, a falha de caráter destrói vidas,
corações, credibilidade, entre outras formas de uma convivência saudável,
fazendo com que o mau-caráter termine solitário, em todas as dimensões. Por
fim, essa categoria não escolhe condições social, econômica, política e cultural,
podendo ser um político, o chefe, e até mesmos um parente. Reflexão: este
artigo de opinião tem como o propósito refletirmos sobre as pessoas que
colocamos em nossas vidas, isto é, àquelas que abrimos a nossa casa e coração
com o intuito de fazer o bem. Quem são essas pessoas? Essa inquietação fica
para você leitor, afinal somente você sabe para quem abriu a sua casa e o seu coração!
Alberto
Alves Marques
Profissão:
Professor Coordenador da Área de Ciências Humanas na Rede Pública do Estado de
São Paulo e Escritor de artigos de opinião para jornais e Blogs.
Pós-Graduado
em História pela Unicamp- Campinas. Pós-Graduado em Educação Inclusiva pela
UNESP- Bauru/SP e Pedagogo pela UNICID/SP. Curso de Coordenação Pedagógica (em
andamento) na UFSCAR- Universidade Federal de São Carlos.
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Cidade: Hortolândia/SP.
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