Nos últimos dias, uma das maiores
empresas brasileira, a Odebrecht, que está envolvida na Operação Lava Jato da
Polícia Federal, revelou uma lista com 200 políticos de 24 partidos políticos
brasileiros. A priori, essa estratégia da Empresa não isenta a sua parcela de
responsabilidade perante as investigações que articulam o seu envolvimento com
a corrupção em nosso país. No entanto, o estranhamento para alguns (não para
este escritor de artigos de opinião) são políticos da Região Metropolitana de
Campinas com os seus nomes na lista. Partindo desse pressuposto e analisando o
teor verídico dessa Lista (até que se prove o contrário... todos são
inocentes), concebe-se que a corrupção no território brasileiro atinge as
esferas Federal, Estadual e Municipal, a bem da verdade, uma vergonha global.
Todavia, se essa lista tem realmente credibilidade, os envolvidos deverão ser
julgados e punidos; é inconcebível, pessoas escolhidas para nos representar
(Prefeitos, Vereadores, entre outros) usurparem do dinheiro alheio através de
corrupção. Em contrapartida, a população recebe ruas esburacadas e água para o consumo
de péssima qualidade. A propósito, a incógnita é, porque a Empresa Odebrecht
resolveu divulgar essa lista agora, sendo que a mesma já vem sendo investigada
há algum tempo. Será que essa entidade ao utilizar essa estratégia, acredita
que sairia ilesa da operação? Não se sabe ainda qual foi a intenção dos responsáveis
dessa Empresa, mas uma coisa é certa, deu mais acuracidade para a Operação Lava
Jato. Na verdade, tal atitude validou e bateu o martelo confirmando a
existência da corrupção, e para aqueles que acreditam que a empresa está
colaborando para com as investigações, ledo engano, pois a partir do momento
que eu aceito a corrupção, também sou conivente com ela, sendo assim, devo ser
responsabilizado também. Considerações
finais: O Cientista Social italiano Diego Gambetta caracteriza fazendo
parte da corrupção três atores sociais distintos, ou seja, para que essa ação
aconteça precisa de três personagens: o corruptor,
o representante e os representados. Grosso modo, o corruptor são as grandes corporações
empresarias ou um cidadão comum que procuram os políticos para obtenção de
vantagens nas licitações. Já o representante,
são os políticos que escolhemos para nos representarem, que aceita o corruptor e contribui com os
favorecimentos políticos. Por fim fica os representados,
que concebem os seus direitos sendo usurpados pelos corruptores e representantes, mas isso não nos isentam da nossa
parcela de culpa, pois fomos nós que escolhemos os nossos representantes. Assim,
fundamentando a linha de raciocínio desse cientista social, só existe corrupção
porque as pessoas se deixam corromper. No entanto, este ano ocorrerão as
eleições municipais. Não é este o momento de refletirmos sobre as nossas
escolhas? Reflexão: Se a Odebrecht não tivesse
deixado se corromper, a mesma estaria divulgando essa lista? Acorda Brasil!
Alberto Alves Marques
Profissão: Professor Coordenador da
Área de Ciências Humanas na Rede Pública do Estado de São Paulo e Escritor de
artigos de opinião para jornais e Blogs.
Pós-Graduado em História pela
Unicamp- Campinas. Pós-Graduado em Educação Inclusiva pela UNESP- Presidente
Prudente/SP e Pedagogo pela UNICID/SP. Curso de Coordenação Pedagógica (em
andamento) na UFSCAR- Universidade Federal de São Carlos. Em andamento: Curso
Superior em Gestão de Tecnologia da Informação – UNICID/SP.
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