À luz da reflexão o “Ponto de
Mutação” é o livro do austríaco, físico, teórico e escritor Fritjof Capra, o
escritor discorre sobre as ações antrópicas (o Homem único animal racional) que
vem impactando o Planeta. Grosso modo, esse estudioso explana que estamos em um
ponto de mutação na questão ambiental, ou seja, é o momento de mudanças e
transformações. Seguindo a linha desse especialista, não podemos mais consertar
o impacto que fizemos com a natureza e os seres vivos, em outras palavras, não
conseguiremos mudar o passado, porém, chegou o momento ápice, de rever as
nossas ações e mudar o presente e o futuro. Analisando essa linha de raciocínio, procurei fazer
uma analogia com a corrupção política que ocorre em nosso país, sobretudo,
quando uma maioria e/ou minoria, procura justificar a corrupção buscando
subsídios no passado, dizendo que os políticos no passado também praticavam a
corrupção. Todavia, não vamos ser ingênuos, é óbvio que se tratando de Brasil,
a corrupção se naturalizou e o passado não ficou isento, porquanto, é preciso
um “Ponto de Mutação” na Política Brasileira, ou seja, não vamos mudar o
passado, mas podemos fazer um presente e um futuro melhor. A priori, ficar
aprisionado ao passado, mormente, se está em questão a corrupção política,
passa a sensação de imobilismo, naturalização e justificativa para fazer
apologia a essa chaga que está atingindo a todos, principalmente, os
trabalhadores honestos que pagam impostos. Não é aqui, pretensão de este
escritor de artigos de opinião defender bandeiras políticas, e sim insuflar a
reflexão sobre o que está acontecendo em nosso país hoje, e sobre a corrupção
política. Não podemos mais buscar no passado respostas pelas mazelas da
sociedade brasileira na Contemporaneidade, essa ação, causar-se-á imobilismo no
presente, e daqui algumas décadas e séculos futuros, estarão os brasileiros
buscando justificativas no passado. Não obstante, o “Ponto de Mutação”, é
agora, no passado não interferimos, mas no presente sim, as mudanças não nos
garantem sucessos, mas a mesma tem que acontecer, pois, só assim poderemos saber
se houve uma evolução positiva. Considerações finais: A atual conjectura brasileira
não tem espaço para o passado saudosista, quando procuramos justificar o
presente através das mazelas do passado. Segundo o Historiador francês Jacques
Le Goff (2003): “Com efeito, o interesse no passado está em esclarecer o
presente; o passado é atingido a partir do presente”. Seguindo a linha de
pensamento desse pensador francês, o passado nos proporcionará subsídios para a
compreensão do presente, em outras palavras, não podemos cometer os mesmos
erros sempre, é momento de mudanças, ficar do jeito que está é regredir, é
voltar ao período da Colonização Portuguesa que perdurou por 322 anos, e mais,
é desconstruir toda a História de luta do povo brasileiro por um país
democrático. É preciso dar um basta na corrupção brasileira, independente da
sigla partidária, o “Ponto de Mutação” é agora, ou amargaremos longos anos de
regressão em todas as dimensões, políticas, sociais, econômicas e culturais. Acorda
Brasil!
Alberto Alves Marques
Profissão: Professor Coordenador da Área de
Ciências Humanas na Rede Pública do Estado de São Paulo e Escritor de artigos
de opinião para jornais e Blogs.
Pós-Graduado em História pela Unicamp-
Campinas. Pós-Graduado em Educação Inclusiva pela UNESP- Bauru/SP e Pedagogo
pela UNICID/SP. Curso de Coordenação Pedagógica (em andamento) na UFSCAR-
Universidade Federal de São Carlos.
Contato: albertomarques1104@hotmail.com
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