Não resta
dúvida, estamos vivendo na sociedade da informação, sobretudo, com o advento da
Internet Banda Larga. Esse é o discurso inflamado por muitos especialistas na
atualidade, ou seja, proliferam que as Tecnologias Digitais de Informação e
Comunicação colocaram a população do planeta em contato com a informação em
tempo real. Com certeza, se generalizarmos, concebe-se que estamos na sociedade
da informação, contudo, é preciso relativizar. A priori, o que seria
informação, se ocorre acessibilidade de todos, se esses dados estão sendo
transformados em conhecimento, entre outras estratégias fundamentais em uma
comunidade conectada, a bem da verdade, somente essa ação não nos informa; o
fato de estar conectado e ter acessibilidade, disponibilidade de hardwares
(parte física dos computadores), softwares (parte lógica) e aplicativos não nos
coloca no mundo da informação. De fato, posso ter um computador de última geração
com internet Banda Larga e não ter acesso às informações necessárias, ficando
somente nas redes sociais (não que essa ferramenta não traga informação),
evitando o mundo das escolas, economia, sociedade e cultura (redes sociais
também é cultura). Onde quero chegar? Simples, a informação só tem sentido se a
mesma for transformada em conhecimento útil para o usuário. Grosso modo, se
ligo o meu computador e conecto-o à Internet, tenho acesso aos trilhões de
dados transformados em Bytes ou megabytes, assim a primeira tarefa é selecionar
esses dados codificados e transformá-los em informações. Isso só basta? Não. À
luz da reflexão, é preciso processar essas informações, armazenar e
transformá-las em conhecimento para, em seguida, replicá-las; com isso, faço
todo o processo na sociedade da informação, caso contrário, serei uma
enciclopédia ambulante carregada de Bytes e Megabytes (simplesmente dados). Em
outras palavras, essa Era Digital só nos trará benefícios se torná-la útil em
todas as dimensões, senão seremos escravos de informações desconectadas. E vou
além, estar conectado às Redes Sociais, não significa domínio das tecnologias
digitas da informação, essa ação só comprova que somos consumidores de dados
digitais, nos colocando bem distante dos construtores digitais, como os
Estadunidenses, japoneses, chineses entre outros que dominam essa categoria. Considerações finais: A forma que
utilizamos as mídias digitais, está parcialmente nos informando, porém é
preciso ir além das redes sociais do CtrlC e CtrlV, é necessário transformar os
dados virtuais em novas oportunidades, para que os mesmos possam adentrarem nas
escolas, empresas e na sociedade em geral, produzindo novos conhecimentos.
Acesso à informação não é reproduzir o que os outros fizeram, e sim criar
coisas que serão úteis a todos. Nas palavras do estudioso francês, Pierre Lévy,
estamos vivendo um dilúvio de informações, mas é preciso precaução para não nos
afogarmos perante a essa ação. Seguindo a linha de raciocínio desse mestre, a
questão não é ser contra ou a favor a essas inundações, e sim, compreender e
produzir novos conhecimentos sobre as transformações quantitativas e
qualitativas que esse fenômeno está proporcionando na Contemporaneidade.
Alberto Alves Marques
Profissão: Professor Coordenador da
Área de Ciências Humanas na Rede Pública do Estado de São Paulo e Escritor de
artigos de opinião para jornais e Blogs.
Pós-Graduado em História pela
Unicamp- Campinas. Pós-Graduado em Educação Inclusiva pela UNESP- Presidente
Prudente/SP e Pedagogo pela UNICID/SP. Curso de Coordenação Pedagógica (em
andamento) na UFSCAR- Universidade Federal de São Carlos. Em andamento: Curso
Superior em Gestão de Tecnologia da Informação – UNICID/SP.
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Cidade: Hortolândia/SP.
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