Ao
longo dos anos utilizei deste espaço para tecer algumas considerações sobre o
Dia dos Professores, comemorado no dia 15 de outubro, todavia, em alguns
momentos discorri sobre a genealogia da data, ou seja, o surgimento da ideia.
No entanto, hoje focar-se-á sobre: Ser ou não ser professor na
contemporaneidade, diante do contexto no qual residem a educação e os
profissionais, sobretudo se impera o descaso por alguns setores da sociedade? Na
verdade, ser professor no século XXI, não é nada fácil, em outras palavras, é
ter o dom de interagir com as crianças e jovens, alinhando os seus
conhecimentos prévios (em muitas situações uma vida conturbada) e lapidá-los para
que construam o seu Projeto de Vida, o seu caminho acadêmico e os valores de
extrema importância em uma sociedade complexa e cada vez mais exigente e
excludente. Em diversas situações o profissional assume o papel de pai/mãe,
médico, psicólogo, entre outros, omissos pela sociedade. Obviamente, ser professor
na sociedade atual, é também, conviver com a falta de valorização por parte de
alguns integrantes da sociedade, em que muitos preferem escolher políticos
corruptos, sugadores de nossos bolsos, ao invés de lutar para tirá-los do
poder. Prosseguindo, ser um docente na sociedade hodierna é ter esperança de que
um dia a educação e os professores farão parte da pauta de prioridades nos
investimentos públicos? É carregar expectativas por uma aposentadoria digna,
mesmo com as mudanças nas políticas públicas previdenciária? Por outro lado,
ser Professor é, ainda sentir orgulhoso, pois concebe-se que o avião, o navio,
o carro, a televisão, o notebook, o celular, e as inúmeras invenções humanas,
juntamente com os profissionais que as construíram, tiveram e têm que passar
pelas mãos de um mestre, implicitamente falando, tem o toque do Professor. Em
outras palavras, não teríamos a evolução tecnológica, social, política,
econômica, intelectual e cultural se as pessoas envolvidas nesse processo não
ouvissem as palavras de um Professor -mesmo que não se adaptaram à escola, afinal,
elas foram alfabetizadas! Então, já pensaram nisso? Pode ser hipocrisia? Sim, mas
necessitamos, a bem da verdade, de um salário digno para colocar comida em
nossos lares, porquanto, o descaso dos governantes e de uma parcela da
sociedade, não tira o dom de ser Professor. Considerações finais: Infelizmente,
não conseguimos atingir a todos, mesmo tentando arduamente, no entanto a
satisfação maior para um professor: é saber que fez a diferença na vida de
alguém!!! À luz da reflexão, qual profissão resulta em orgulho por saber que os
demais profissionais, via de regra, têm que passar pelas mãos de um Professor?
Inclusive, o próprio Professor! Ser professor é ter consciência, que a nossa
profissão não é reconhecida, sobretudo por aqueles que passaram pelas nossas
mãos e não conseguimos resgatá-los, os Políticos corruptos. Mas, é fato,
fizemos e continuamos a fazer a diferença na vida de muitos.
Alberto
Alves Marques
Profissão:
Professor Coordenador da Área de Ciências Humanas na Rede Pública do Estado de
São Paulo e Escritor de artigos de opinião para jornais e Blogs.
Pós-Graduado
em História pela Unicamp- Campinas. Pós-Graduado em Educação Inclusiva pela
UNESP- Presidente Prudente/SP e Pedagogo pela UNICID/SP. Curso de Coordenação
Pedagógica (em andamento) na UFSCAR- Universidade Federal de São Carlos. Em
andamento: Curso Superior em Gestão de Tecnologia da Informação e Comunicação –
UNICID/SP.
Contato:
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Cidade:
Hortolândia/SP.
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