À
luz da reflexão, a PEC 55 não congela somente os gastos públicos nas
instituições educacionais e na área da saúde, a bem da verdade, duas categorias
de suma importância na qualidade de vida da população brasileira. Essa Proposta
de Emenda à Constituição (também denominada de PEC do teto), congela o
desenvolvimento do país e da nação brasileira, visto que, investimento em
educação e saúde contribui para a formação de um povo culto e saudável em todas
as dimensões. Na verdade, cortar gastos em educação é ser conivente com os
últimos lugares nos indicadores nacionais e internacionais, pois na última edição
do IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), verificou-se que os
estudantes brasileiros não tiveram bons resultados, principalmente na
disciplina de Matemática, e se está em questão as avaliações internacionais,
amargamos os últimos lugares. É sabido, que um dos elementos em potencial na aprendizagem
de qualidade, são os investimentos estruturais a nível material, através de
políticas públicas favoráveis a uma educação de qualidade, além de uma
infraestrutura educacional condizente com o século XXI. É óbvio que essa ação
isolada não basta, é necessário investimento nas categorias imateriais,
sobretudo, na valorização e formação dos profissionais da educação. Todavia, um dos objetivos da PEC do Teto é a
contenção de gastos federais por 20 anos em educação e saúde pública, e segundo
alguns especialistas, a educação terá em 10 anos uma redução de 32 bilhões de
investimentos; em outras palavras, será um retrocesso educacional, se já não
bastasse o atraso educacional que o país convive. A aprovação da PEC do Teto
veio para comprovar os indicadores do PISA/2015 (Programa Internacional de
Avaliação dos Estudantes), em que o desempenho dos estudantes em Matemática e
Ciências decaiu comparados com os indicadores de 2012. Nos quesitos leitura, a
maioria dos estudantes avaliados não consegue entender o que lê. Na categoria
Matemática 70,3% dos candidatos avaliados ficaram abaixo da média 2, nota mais
baixa do exame; outrossim, a PEC irá congelar mais ainda o que já está
congelado há anos, a educação formal no país, Considerações finais: Notavelmente, houve um tempo em que a escola
era somente para os bens nascidos, durante ao longo desse processo a população
mobilizou-se e conseguiu uma educação formal como um Direito de todos. No
entanto, os donos do poder e a classe abastada do país, tomaram uma atitude de
usurpar esse Direito dos mais necessitados. Sabem por que? Provavelmente, a
resposta é porque os seus filhos não estudam em uma escola pública, tendo a “sorte”
e privilégio de buscar o conhecimento nos Colégios mais caros dos país, ou até mesmo
no exterior. E o mais hilário, em muitas situações de corrupção, somos nós que
pagamos a mensalidade, mormente, se presenciamos quase que, diariamente, notícias
de desvio de dinheiro público por uma boa parte dos políticos. Acorda Brasil!
Alberto
Alves Marques
Profissão:
Professor Coordenador da Área de Ciências Humanas na Rede Pública do Estado de
São Paulo e Escritor de artigos de opinião para jornais e Blogs - Pós-Graduado
em História pela Unicamp- Campinas. Pós-Graduado em Educação Inclusiva pela
UNESP- Presidente Prudente/SP e Pedagogo pela UNICID/SP. Curso de Coordenação
Pedagógica (em andamento) na UFSCAR- Universidade Federal de São Carlos. Em
andamento: Curso Superior em Gestão de Tecnologia da Informação e Comunicação –
UNICID/SP.
Contato: albertomarques1104@hotmail.com
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Cidade:
Hortolândia/SP.
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