A
priori, é preciso comemorar as posições de 1º lugar da USP e de 2º da Unicamp, em
outras palavras, duas Instituições públicas no ranking que envolvem as 10
melhores Universidades da América Latina. Grosso modo, essas informações estão em um
novo ranking de reputação acadêmica da revista Times Higher Education (THE),
dedicado às universidades da América Latina. Se levarmos em consideração, que a
América Latina tem aproximadamente 32 países, então essa classificação é de
suma importância no aspecto educacional. No entanto, tal classificação esconde
um paradoxo, sobretudo ao verificar que a Educação Básica, inclusive pública, carece
dessa qualidade, e mais, os financiadores de ambas são os brasileiros pagadores
de impostos. Prosseguindo com esse paradoxo, a Educação Básica do país está nas
últimas colocações, principalmente, se está em questão a avaliação da OCDE -
Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico. Diga-se de passagem,
existem uma articulação entre a classificação das Universidades e a Educação
Básica em nosso país? A bem da verdade, não, ou seja, por que temos uma
Instituição Pública de Ensino Superior em primeiro lugar no Ranking dos países
da América Latina e amargamos os últimos lugares nas Avaliações externas da
Educação Básica (Ensino Infantil, Fundamental e Médio)? Falta investimento na
Educação Básica? Em algumas situações o importante não são as respostas e, sim,
os questionamentos posteriores às próprias perguntas que direcionam para a
reflexão. Dessa forma, o que se percebe em nosso país o seguinte, ao se
encontrar em pauta a Educação Básica, faltam os quatro pilares essenciais para
uma educação de qualidade, como Investimento Público, Participação da
sociedade, Interesse do Educando e Formação dos docentes. Para aqueles com pensamentos sumários, que já
devem estar questionando, qual seria a solução? Deixo este recado, não existe
soluções ou receitas prontas quando está em jogo uma educação de qualidade, mas
envolvimento de todos, porém, só teremos uma educação Básica de qualidade
quando os segmentos responsáveis pelo aprendizado assumir as suas
responsabilidades, começando pelos órgãos públicos, em se tratando do nosso
país, muitos estão se isentando dessa responsabilidade. Considerações finais: É uma constante, discursos das mais variadas
formas de que o professor e a Educação Básica são responsáveis por todas as
profissões, devido a passagem de todos por essa modalidade. Porquanto, ainda é
perceptível a ausência de vários investimentos nessa categoria imprescindível
para a sociedade. Obviamente, é muito relevante para a nação a classificação da
USP e da UNICAMP, em primeiro e segundo lugares no Ranking das melhores
Universidades da América Latina, em contrapartida essa medalha teria outro
sabor se estivéssemos entre os melhores países na Educação Básica também, afinal,
uma Educação Básica de qualidade é a matéria prima para o desenvolvimento das
Universidades, seja ela Pública ou Particular.
Alberto
Alves Marques
Profissão:
Professor Coordenador da Área de Ciências Humanas na Rede Pública do Estado de
São Paulo e Escritor de artigos de opinião para jornais e Blogs.
Pós-Graduado
em História pela Unicamp- Campinas. Pós-Graduado em Educação Inclusiva pela
UNESP- Presidente Prudente/SP e Pedagogo pela UNICID/SP. Curso de Coordenação
Pedagógica (em andamento) na UFSCAR- Universidade Federal de São Carlos. Em
andamento: Curso Superior em Gestão de Tecnologia da Informação – UNICID/SP.
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Hortolândia/SP.