Diga-se
de passagem, ao se encontrar em questão mudanças na educação formal em nosso
país, as coisas mudam para ficar do mesmo jeito, não é de hoje que essa ação
vem acontecendo na educação formal, porém os resultados continuam o mesmo,
outrossim, não trouxeram mudanças significativas. À luz da reflexão, essa linha de raciocínio
está articulada com as reformas que o Governo Federal pretende realizar no
Ensino Médio através de uma MP- Medida Provisória. Não vamos ser hipócritas, é
óbvio que o Ensino Médio necessita com urgência de transformações para atender
as demandas da geração do século XXI, no entanto, não é excluindo disciplinas
que se alavancará a qualidade dessa modalidade. É emergencial, um Plano de Ação
que atenda as demandas e todas as dimensões desse público, além do mais, como
já foi discorrido por este escritor, as mudanças na educação direcionando-a
para a qualidade, estão atreladas aos quatros pilares que sustentam essa
instituição: Políticas Públicas (investimento governamental), Segmentos da
Educação (uma formação e valorização constante dos docentes e gestores),
Comunidade (Família presente e atuante) e Educandos (comprometidos com o estudo).
Em outras palavras, se um desses pilares não faz a sua parte, tudo desmorona
como um jogo de cartas. Nesse sentido e retornando à reforma do Ensino Médio, reforça-se
a necessidade de um Plano de Ação, e saber onde se quer chegar, isto é, traçar
metas a curto, médio e longo prazo (não tão longo assim), pois se não tenho um
objetivo qualquer caminho serve, construindo um currículo à deriva, que parte
de lugar algum para chegar em lugar nenhum. A priori, isso é péssimo, na
verdade, alguns professores (polivalentes) tentarão ensinar tudo e terminarão
por ensinar nada. Não é aqui pretensão deste formador de opinião frear as
transformações, sobretudo na educação, é fato, tudo na história da humanidade
precisa passar por mudanças no decorrer do caminho para uma evolução positiva,
ser contra as mudanças é concordar com a estagnação e ficar no mesmo lugar, em
muitas situações dando um giro de 360º (corre-se o risco de cair no mesmo
lugar), gerando o conformismo e comodismo. Porquanto, toda reforma deve vir
seguida de um diagnóstico, planejamento e após a execução, uma verificação, analisando
os pontos frágeis e os que precisam melhorar. Grosso modo, um Ensino Médio
integral e flexível propagado pelo Governo é necessário para atender a um
público conectado com as Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação, por
outro lado, os seres humanos também necessitam de outros valores, algo de suma
importância em qualquer profissão. Nesse sentido, a qualidade no Ensino Médio
não está em retirar algumas horas aulas ou flexibilizar o currículo, deixando a
encargo dos estudantes a escolha das disciplinas que os mesmos irão cursar. E
mais, qual o grau de maturidade e autonomia que um jovem de 15, 16 e 17 anos
tem para fazer as suas escolhas? É preciso refletir também sobre isso, para não
transformar as unidades educativas em “espaços educativos do futuro”, em que se
pode tudo, menos produzir conhecimento acadêmico. A qualidade do Ensino Médio
está na responsabilidade de todos em colocar a mão na massa. E volto a
ressaltar, a qualidade dessa modalidade e das demais repousa na
responsabilidade dos quatros pilares que a sustentam: Governo (investimento e
políticas educacionais de acordo com a realidade nacional), Segmentos escolares
como Docentes e Gestores (valorização, investimentos e formação continuada em
todas as dimensões), Família (presente e atuante), e principalmente o
Protagonista nesta história, os Educandos (adentrar de corpo e alma em seus
estudos). Somente assim, sairemos das últimas colocações nos rankings
internacionais e entraremos para a História. Caso contrário, reforma nenhuma
trará resultados satisfatórios, validará uma velha frase que se percebe em
relação às reformas educacionais: “Mudar para ficar do mesmo jeito que está”.
Alberto
Alves Marques
Profissão:
Professor Coordenador da Área de Ciências Humanas na Rede Pública do Estado de
São Paulo e Escritor de artigos de opinião para jornais e Blogs.
Pós-Graduado
em História pela Unicamp- Campinas. Pós-Graduado em Educação Inclusiva pela
UNESP- Presidente Prudente/SP e Pedagogo pela UNICID/SP. Curso de Coordenação
Pedagógica (em andamento) na UFSCAR- Universidade Federal de São Carlos. Em
andamento: Curso Superior em Gestão de Tecnologia da Informação e Comunicação –
UNICID/SP.
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