Primeiramente,
o título deste artigo faz alusão aos indicadores sobre a educação brasileira na
contemporaneidade, especialmente, se essa modalidade figura nos últimos lugares
entre os países considerados em desenvolvimento. A título de ilustração, a
nível internacional de 74 países avaliados, o Brasil encontra-se na 60ª posição
no ranking, segundo a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico
(OCDE). Mediante a essa catástrofe, é vital (des) construir velhos paradigmas
com prazo de validade vencidos na Educação Básica para construir novos, que
atenda as demandas da sociedade do século XXI, uma sociedade da informação
tecnológica. A propósito, uma boa fundamentação teórica importada de países
desenvolvidos é um dos elementos em potencial na aprendizagem de qualidade. No
entanto, se um paradigma (padrão) de ensino não atende e nem resolve os
problemas educacionais, é essencial desconstruí-lo, (re) inventando novas intervenções
que evitem o modismo educacional que nivela essa modalidade por baixo. À luz da
reflexão, um dos paradigmas que se transformou em modismo foram as
nomenclaturas Habilidades/Competências,
em que, conforme alguns estudiosos, a construção do conhecimento ocorre somente
a partir do desenvolvimento dessas nomenclaturas. Em virtude desse fato e, paralelamente a pensamentos
apressados, renegou para segundo plano os conteúdos específicos das disciplinas,
ou melhor das múltiplas Ciências (visto
que antes de se tornarem Disciplinas escolares, as mesmas são Ciências no mundo
Acadêmico). Concordo plenamente, as Habilidade/Competências são práticas na
educação que reluzem em indicadores satisfatórios, porém é imprescindível uma
articulação com os conteúdos; em outras palavras, não se desenvolvem Habilidades/Competências
a partir do vazio de conhecimentos, é necessário conteúdo específico de cada
disciplina, para que ocorra um processo dialógico entre conteúdos, Habilidades
e Competências. Diga-se de passagem, essas nomenclaturas, há décadas, permearam
e ainda permeiam os Currículos Oficiais da Educação Básica em nosso país. Aliás,
será que todos os envolvidos com a Educação Básica sabem realmente o significado
e a eficácia dessas nomenclaturas, ou é mais um modismo educacional? Considerações finais: Inquietações à
parte, o grande desafio é entender como um país que ocupa no ranking a 10ª
posição entre as potências econômica, consegue amargar a 60ª posição no quesito
educação de qualidade. Enfim, se está em questão uma educação de qualidade em
todas as dimensões, é indispensável analisar os paradigmas vigentes, isto é,
enquanto algumas nomenclaturas educacionais trazem resultados positivos ou
fascinam o meio educacional, as mesmas devem permanecer nas Diretrizes; mas se não
conseguem resolver os problemas e explicar os resultados negativos, não está na
hora de procurar novos paradigmas? Acorda Brasil!!!
Alberto
Alves Marques
Profissão:
Professor Coordenador da Área de Ciências Humanas na Rede Pública do Estado de
São Paulo e Escritor de artigos de opinião para jornais e Blogs.
Pós-Graduado
em História pela Unicamp- Campinas. Pós-Graduado em Educação Inclusiva pela
UNESP- Presidente Prudente/SP e Pedagogo pela UNICID/SP. Curso de Coordenação
Pedagógica (em andamento) na UFSCAR- Universidade Federal de São Carlos. Em
andamento: Curso Superior em Gestão de Tecnologia da Informação – UNICID/SP.
Contato:
albertomarques1104@hotmail.com
Twitter:
https://twitter.com/albertomarques3
Blog:
http://blogdoalbertoprofessoremrede.blogspot.com.br
Blog:
http://albertoviajandonahistoria.blogspot.com.br/
Facebook:
http://www.facebook.com/home.php
Cidade:
Hortolândia/SP.
Nenhum comentário:
Postar um comentário