A priori, a mídia
eletrônica jornalística e televisiva, bombardeou o país nos últimos dias com
uma notícia bizarra, para não dizer idiota o “Jogo da Baleia Azul”. Segundo as
informações superficiais, os adolescentes envolvidos no jogo têm que aceitar
alguns desafios como mutilar o próprio corpo, em casos extremos tirar a própria
vida. Assim pergunto: Que geração é essa
em que a maioria se deixa levar por uma abominação como essa? Continuando a
inquietação: Se essas crianças estivessem compromissadas com os estudos e os
trabalhos em casa (é obrigação dos filhos contribuírem para os trabalhos
domésticos, sim), os mesmos teriam tempo para essa idiotice? Certamente, não. A
propósito, essa geração é fruto do permissivismo da sociedade e dos
responsáveis pelas mesmas, pois aceitam tudo em prol de não magoar as crianças
ou traumatizá-las. Na verdade, pais/responsáveis permissivos, omissos,
ausentes, colaboram para a irresponsabilidade, irreverência, indisciplina,
individualismo, resistência às regras...de seus pupilos. Um público, a bem da
verdade, de revoltados sem causas, outrossim, chamada de geração “Nem/Nem”, ou seja, nem trabalha nem
estuda. Grosso modo, essa geração é fruto da mídia, da conivência da sociedade
que acredita que medidas corretivas, educativas e alguns castigos traumatizarão
as crianças. No entanto, é uma sociedade que se preocupa em traumatizar as
crianças e adolescentes, porém são traumatizados quando os seus filhos cometem
absurdos dessa natureza. Volto a ressaltar, que geração é essa? É a geração em
que a maioria não reconhece os limites, os respeitos para com os outros, para
com os professores, em muitas situações para com os próprios pais, que em
alguns casos “perdidos”, por não usarem as intervenções necessárias, que na
minha época se chamava... chinelo e castigo. Em outras palavras, é esse público-alvo que se
encontra na maioria das escolas, e o mais estarrecedor e preocupante... é que tal
público nos substituirá como professores, médicos, engenheiros, psicólogos,
entre outras profissões, isto é, (se a
Reforma da Previdência permitir), essas profissões precisarão de profissionais.
Diante dessa situação continua a minha indagação: O que está errado? Lembro de
quando éramos crianças e adolescentes, ocupávamos o nosso tempo no período da
manhã nas escolas, quando chegávamos em casa após o almoço, ajudávamos lavando
a louça. Na parte da tarde, ocupávamos um tempo com os jogos de futebol, bolinha
de gude, assistir à Sessão da Tarde, entre outras diversões com os amigos, isso
quando não íamos trabalhar nas lavouras para ajudar os pais. E as meninas?
Essas brincavam com as suas bonecas ou estudavam o tempo todo. Quando chegava à
noite, era reservado para os afazeres das escolas, as tarefas, quando os pais
ou irmãos mais velhos sentavam ao nosso lado proporcionando suporte. Considerações finais: Ah, se fazíamos
algo errado, éramos punidos, com algumas palmadas e até castigos, e o mais
incrível, não ficamos revoltados e traumatizados. Ao contrário, uma parcela razoável
das pessoas que tem a idade de este escritor hoje, têm um curso superior e
Pós-Graduação (em muitas situações mais
do que um curso superior), conquistas que um número expressivo dessa
geração que comete suicídio com o Jogo da Baleia Azul, terá que suar muito para
concluir. Enfim, não tínhamos Internet, Playstation, Tablets, Smartphones,
entre outras parafernálias da atualidade, mas com certeza, tínhamos amor aos
nossos pais, aos amigos e à escola. Logo, é essencial o questionamento a
respeito do discurso de alguns estudiosos, que Planeta deixaremos para essa
geração??!!?? Um pensamento equivocado, pois deveríamos refletir o seguinte:
Que geração deixaremos para esse planeta? Infelizmente, esse é o grande desafio
do Planeta, sobreviver com essa geração no futuro, isto é, se os mesmos não o destruírem
antes.
Alberto
Alves Marques
Profissão:
Professor Coordenador da Área de Ciências Humanas na Rede Pública do Estado de
São Paulo e Escritor de artigos de opinião para jornais e Blogs.
Pós-Graduado
em História pela Unicamp- Campinas. Pós-Graduado em Educação Inclusiva pela
UNESP- Presidente Prudente/SP e Pedagogo pela UNICID/SP. Pós-Graduado em
Coordenação Pedagógica na UFSCAR- Universidade Federal de São Carlos. Em
andamento: Curso Superior em Gestão de Tecnologia da Informação – UNICID/SP.
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Hortolândia/SP.
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