Diga-se
de passagem, a sociedade da informação é uma denominação atribuída ao mundo
digital em todas as suas dimensões, principalmente, inclusa nesta categoria a
Internet, um dos adventos revolucionários da história da humanidade na
contemporaneidade. Nunca se desfrutou de tamanha informação como nesta
sociedade, informação esta que por meio de um provedor e fibras ópticas, circula
nos quatro cantos do planeta com apenas um “clic” do mouse. A título de
ilustração, no ano de 2004, o Google indexou mais de 6 bilhões de itens na Web,
transpondo para uma humanidade no Planeta que, igualmente, girava em torno de 6
bilhões de habitantes. Mediante a esse fato, considera-se aproximadamente, uma
informação por pessoa no planeta naquela época. À luz da reflexão, nos dias
atuais as informações veiculada na Web pelo Google e outros sites triplicaram,
enquanto a humanidade não ultrapassou a casa de 8 bilhões de habitantes. Em contrapartida,
nunca se presenciou uma desmedida pobreza do conhecimento escolar, acarretando
ao país amargar as últimas posições no quesito educação de qualidade. Para
tanto, basta analisar os indicadores internos e externos, em que o Brasil se
encontra aquém de uma educação formal de qualidade, levando show de países com
o PIB – Produto Interno Bruto inferior ao daqui. Segundo o estudioso francês
Pierre Lévy, vivencia-se um novo Dilúvio (uma analogia ao Dilúvio durante a
história bíblica de Noé) de informações. Esse mesmo autor faz uma reflexão
sociológica: Diante desse dilúvio de informações o que colocar dentro da ARCA
(transformação do conhecimento)? Infelizmente, percebe-se que boa parte da
população confunde informação com conhecimento, ou seja, basta acessar um site
e o conhecimento ocorre ou transpõe para a mente das pessoas de forma automática.
Partindo desse pressuposto, esse é o paradoxo da sociedade da informação, uma
avalanche de informações e uma pobreza de conhecimento, sobretudo, no contexto
escolar. Considerações finais: Afinal,
como transformar informação em conhecimento escolar, para direcionar o país a
alcançar uma educação de qualidade e figurar entre as nações com indicadores significativos
neste quesito? Na verdade, não há fórmulas prontas para transformar informação
em conhecimento escolar de qualidade, porém algumas dicas são fundamentais para
essa ação. A priori, é essencial analisar a entrada de dados (procedência);
processá-la (selecionar e sistematizar a informação); armazená-la (guardar o
útil e descartar o inútil) e por fim, oportunizar a saída do conhecimento, ou
seja, utilizá-la em prol de um problema real. Frente a essa linha de
raciocínio, qual o ser humano no ambiente escolar ou fora dele consegue essa proeza?
Uma minoria?
Alberto
Alves Marques
Profissão:
Professor Coordenador da Área de Ciências Humanas na Rede Pública do Estado de
São Paulo e Escritor de artigos de opinião para jornais e Blogs.
Pós-Graduado
em História pela Unicamp- Campinas. Pós-Graduado em Educação Inclusiva pela
UNESP- Presidente Prudente/SP e Pedagogo pela UNICID/SP. Pós-Graduado em
Coordenação Pedagógica na UFSCAR- Universidade Federal de São Carlos. Em
andamento: Curso Superior em Gestão de Tecnologia da Informação – UNICID/SP.
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