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sábado, 18 de novembro de 2017

ARTIGO DE OPINIÃO: ESCOLA: CELULAR PARA FINS PEDAGÓGICOS???!!!??

No dia 11 de outubro de 2017, a Assembleia Legislativa de São Paulo aprovou o uso de celulares nas escolas para fins pedagógicos. Porquanto, há de se analisar qual é o conceito de fins Pedagógicos. De acordo, com o Dicionário de Filosofia, a etimologia da palavra pedagógico fundamenta-se no grego antigo de paidagogo, outrossim, condutor de crianças. Dessa forma, o uso de celulares nas escolas somente fará sentido se o intuito for na condução dos alunos para a excelência acadêmica e produção de novos conhecimentos científicos, removendo a educação pública dos últimos lugares dos indicadores educacionais a nível global. Caso contrário, será mais uma das ideias mirabolantes de Políticos que conhecem o chão da sala de aula através das telinhas da Rede Globo.  Vamos em frente!!! Diga-se de passagem, esse Projeto de Lei 860/2016 alterou a Lei 12.730 de 2007 que proibia o uso de celulares nas escolas. Na verdade, é de suma importância conceber que na maioria das escolas, a Lei 12.730/2007 era uma “lei para inglês ver”, devido a desobediência dos estudantes, mesmo depois de uma luta incessante por parte dos professores e gestores. Diga-se de passagem, em muitas escolas os celulares já estavam liberados, com o Projeto de Lei essa ação ficou institucionalizada e “obrigatória”. Naturalmente, a escola necessita urgentemente dialogar com o mundo além dos muros dessa unidade, pois é unânime que impera a sociedade as TDIC-Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação, e não é possível as escolas permanecerem no mundo analógico. No entanto, a implantação de novas tecnologias digitais no ambiente educacional exige Planejamento em CURTO, MÉDIO e LONGO PRAZO. A título de ilustração, em curto prazo é necessário investir em tecnologia de ponta, internamente nos estabelecimentos escolares, a começar pela Internet Banda Larga, Redes de WI-FI com abrangência em todo ambiente escolar; e ainda, adotar o uso com as crianças desde os 4 anos, quando este público entra na educação infantil. Em médio prazo e didaticamente falando, é preciso uma formação urgente dos professores inclusive gestores, com vistas para transformar as informações propagadas nas TDIC-Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação, em fins Pedagógicos. Aliás, situação complexa, sobretudo se essas tecnologias não tiveram, inicialmente, objetivos pedagógicos, e sim, atender as tendências do mercado e da sociedade. Por fim, em longo prazo aponta-se uma avaliação sistemática para coletar dados e transformá-los em indicadores para saber se essa ação está obtendo resultados significativos e positivos no aprendizado, assim, evitar-se-á políticas públicas e diretrizes obsoletas que já permeiam, há tempos, a educação paulista sem resultados satisfatórios. A propósito, não se tem uma educação pública de qualidade, se as escolas, há décadas, estão patinando por motivos de Projetos de Lei aprovados na calada da noite, por pessoas que conhecem as escolas pelos indicadores sistematizados pelos próprios governantes. Somente se construirão escolas públicas e educação de qualidade e equitativa, através de indicadores construídos pelos docentes, gestores, alunos e pela própria escola, pois esses são os verdadeiros protagonistas do processo de ensino e aprendizagem, então ouvir a categoria, seria o mínimo. Obviamente, a qualidade na educação formal pública é um processo, lento e gradual, exige no mínimo, um Planejamento envolvendo todos os responsáveis pela educação; necessita de avaliação sistemática e monitoramento das práticas realizadas, após a implantação de novas ferramentas. E, concomitante coletar dados e transformá-los em indicadores, entre outras atuações que verdadeiramente, não serão na Assembleia Legislativa Paulista que os nosso Legisladores irão encontrar; logo, seria necessário trabalhar mais, e também, conhecer as escolas. Considerações finais: Esperamos que esse não seja mais um Projeto de Lei que nascerá morto, ou seja, sem eficiência. Quem não tem muita familiaridade com o contexto escolar acredita que inundar a escola de tecnologia nas suas múltiplas dimensões, trará uma educação de qualidade, em um passo de mágica. É o que ressalta, José Manuel Moran da Faculdade de Comunicação da USP:  “[...] toda esta questão tecnológica em educação pode se transformar numa outra panaceia modernosa, mas que não vai trazer nenhum resultado significativo para o desenvolvimento educacional e cidadão de nossa geração, [...]”. Por fim, não é entupindo as escolas de tecnologia, que a educação pública paulista mudará do dia para a noite, educação pública de qualidade origina com uma mudança cultural, inicialmente no berço (em casa), na política (governantes empenhados) e na escola (valorização dos profissionais da educação e formação de qualidade permanente), sem isso, é mudar para ficar do mesmo jeito como está. Acorda Brasil!!!

Alberto Alves Marques
Profissão: Professor Coordenador da Área de Ciências Humanas na Rede Pública do Estado de São Paulo e Escritor de artigos de opinião para jornais e Blogs. Licenciatura Plena em História. Pedagogo pela UNICID/SP. Pós-Graduado em História pela Unicamp- Campinas. Pós-Graduado em Educação Inclusiva pela UNESP- Presidente Prudente/SP. Pós-Graduado em Coordenação Pedagógica pela UFSCAR- Universidade Federal de São Carlos. Em andamento: Curso Superior em Gestão de Tecnologia da Informação – UNICID/SP.
Contato: albertomarques1104@hotmail.com

Cidade: Hortolândia/SP.     

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