A
priori, o que esperar de um país que, além de não valorizar os seus
professores, os tratam com violência? O que falar de Governantes que ordenam à
Guarda Civil Metropolitana surrar educadores? Mediante tudo isso, o mais perplexo
é que esse indivíduo (Prefeito de São Paulo), supostamente é cogitado a candidato,
para ocupar o Executivo do Estado de São Paulo. À luz da reflexão, a linha de
raciocínio acima direciona-se para o episódio da quarta-feira (14/03), cujos
professores Municipais da Cidade de São Paulo manifestavam-se contra as
políticas truculenta, antidemocrática e excludente do Prefeito Dória, em que o
mesmo ordenou que a Guarda Civil Metropolitana os espancasse. A propósito, o
Líder do Prefeito Dória na Câmara, defendeu o uso da força e das bombas contra
pessoas já surradas pelo descaso e salários medíocres, principalmente se comparado
aos de outras categorias com Cursos Superiores. Além disso, como se não bastasse
a classe ter que sobreviver com migalhas, perante a um salário indigno para
quem passou anos dentro das Universidades se preparando, apanha em público e sofre
escárnio contra a sua categoria. Todavia, esse ataque terrorista na cidade de
São Paulo não é um ato isolado, pois os educadores da Rede Estadual Paulista (a
bem da verdade, tem no Governo um representante da mesma Sigla do Prefeito de
São Paulo, PSDB, que também pretende ser candidato ao Executivo Federal), igualmente
já sofreram violência de várias naturezas em manifestações na Avenida Paulista.
Dessa forma, além da violência física, os docentes têm que conviver com a
violência econômica; é fato, não há um aumento salarial há mais de quatro anos.
Que país é este, que trata seus mestres como Bandidos? Aliás, ao se tratar de
bandidos de colarinhos brancos, esses têm regalias e mais regalias? Considerações Finais: Eis o paradoxo do
Brasil, além de conviver com a violência que assola nossa nação, ultimamente,
existe a violência praticada pelo próprio poder público, isto é, virou uma
naturalidade a prática de bater em professor. Porventura, perpetrar atitudes dessa
espécie contra os educadores, seja na esfera Municipal, Estadual e Federal não
é um ato desumano? Não percebem os governantes que, além de sobreviver a toda adversidade
da sala de aula, descaso por parte da maioria da sociedade e dos alunos e dos administradores
públicos, vivemos em um Estado de Direito e as manifestações estão alinhadas
com os países democráticos? Por outro lado, se seguimos ainda no Magistério é porque
acreditamos que a educação é a única ação libertadora dos indivíduos das
amarras da ignorância e, tal ação é um elemento em potencial contra a corrupção
em todas as dimensões, sobretudo àquelas praticadas pelos Governantes que
mandam surrar os professores. Reflexão:
Como essas pessoas podem maltratar professores, se são esses profissionais os
responsáveis pelos filhos da comunidade, outrossim, dos filhos dos próprios
agressores, haja vista, a maioria das famílias deixar seus filhos à mercê dos
professores? Acorda Brasil!!!
Alberto
Alves Marques
Profissão:
Professor Coordenador da Área de Ciências Humanas na Rede Pública do Estado de
São Paulo e Escritor de artigos de opinião para jornais e Blogs. Licenciatura
Plena em História. Pedagogo pela UNICID/SP. Pós-Graduado em História pela
Unicamp- Campinas. Pós-Graduado em Educação Inclusiva pela UNESP- Presidente
Prudente/SP. Pós-Graduado em Coordenação Pedagógica pela UFSCAR- Universidade
Federal de São Carlos. Em andamento: Curso Superior em Gestão de Tecnologia da
Informação – UNICID/SP.
Contato:
albertomarques1104@hotmail.com
Cidade:
Hortolândia/SP.
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